10 de janeiro de 2009

Amigas do gueto - SOS

1 - Não consigo formatar meus textinhos, / 2 - saem todos emboladinhos! / 3 - Dividi em seis linhas esse escritinho... / 4 - Entre espaços cada inha e inho, numa linha / 5 - ... Repara que cacaquinha ??!! / 6 - Alguém pode ajudar essa sub blogueirinha? /

Simone de Beauvoir.

Ninguém nasce mulher : torna-se mulher.

Hilda Hist - Rainha careca

Deixo em homenagem a amiga que quase foi neta, uma das maravilhas da Hilda Hist. De cabeleira farta de rígidas ombreiras de elegante beca Ula era casta Porque de passarinha Era careca. À noite alisava O monte lisinho Co'a lupa procurava Um tênue fiozinho Que há tempos avistara. Ó céus! Exclamava. Por que me fizeram Tão farta de cabelos Tão careca nos meios? E chorava. Um dia... Passou pelo reino Um biscate peludo Vendendo venenos. (Uma gota aguda Pode ser remédio Pra uma passarinha De rainha.) Convocado ao palácio Ula fez com que entrasse No seu quarto. Não tema, cavalheiro, Disse-lhe a rainha Quero apenas pentelhos Pra minha passarinha. Ó Senhora! O biscate exclamou. É pra agora! E arrancou do próprio peito Os pêlos E com saliva de ósculos Colou-os Concomitantemente penetrando-lhe os meios. UI! UI! UI! gemeu Ula De felicidade Cabeluda ou não Rainha ou prostituta Hei de ficar contigo A vida toda! Evidente que aos poucos Despregou-se o tufo todo. Mas isso o que importa? Feliz, mui contentinha A Rainha Ula já não chora. Moral da estória: Se o problema é relevante, apela pro primeiro passante.

1 de janeiro de 2009

Psiquê -

“Psiquê (Palavra grega que significa tanto alma, como borboleta) era uma jovem tão bela que de todas as partes acorria gente para admirá-la. Passou mesmo a ser objeto de culto, sobrepondo-se a Vênus (Também conhecida como Afrodite, a deusa da beleza e do amor), cujos templos se esvaziaram. A deusa indignou-se com o fato de uma simples mortal receber tantas honras. Pediu a seu filho Eros (Cupido, no panteão romano) , o deus do Amor, que atingisse a jovem com suas flechas, fazendo-a enamorar-se do homem mais desprezível do mundo. Entretanto, ao ver a princesa, o próprio Eros apaixonou-se e, contrariando as ordens da mãe, não lançou suas setas.Enquanto as irmãs de Psiquê casaram-se com reis, a jovem mortal, cobiçada por um deus, permaneceu só. Apreensivo, seu pai consultou o oráculo de Apólo. Este aconselhou o soberano a levar a filha, vestida em trajes nupciais, até o alto de uma colina. Lá, uma serpente iria tomá-la como esposa. As ordens divinas foram executadas e, enquanto a jovem esperava que se consumasse seu destino, surgiu Zéfiro(Na mitologia grega, é o vento do Oeste). O doce vento transportou-a até uma planície florida, às margens de um regato. Esgotada por tantas emoções, Psiquê dormiu. Quando acordou, estava no jardim de um palácio de ouro e mármore. Ouviu, então uma voz que a convidava a entrar. À noite, oculto pela escuridão, Eros amou-a. Recomendou-lhe, insistentemente, que jamais tentasse vê-lo. Durante algum tempo, apesar de não conhecer o amado, Psiquê sentia-se a mais feliz das mulheres. Saudosa de suas irmãs, pediu ao marido para vê-las. Zéfiro encarregou-se de levá-las ao palácio. Invejosas da riqueza e felicidade de Psiquê, as jovens insinuaram a dúvida em seu coração. Declararam que o homem que ela desconhecia devia ser o monstro previsto pelo oráculo. Aconselharam-na, então, a preparar uma lâmpada e uma faca afiada: com a primeira, veria o rosto do marido; com a segunda, poderia matá-lo, se fosse mesmo o monstro. À noite, enquanto Eros dormia, Psiquê apanhou a lâmpada e iluminou-lhe o rosto. Viu, então, o mais belo jovem que já existira. Emocionada com a descoberta, deixou cair uma gota do óleo da lâmpada no ombro do deus. Este despertou sobressaltado e foi embora, para não mais voltar. Afastando-se, disse-lhe em tom de censura: “O amor não pode viver sem confiança”.Cheia de dor, a jovem pôs-se a errar pelo mundo, implorando o auxílio das divindades. Entretanto, como não quisessem desagradar a Vênus, nenhuma delas a acolheu. Psiquê resolveu dirigir-se à própria Vênus. A deusa encerrou-a em seu palácio e impôs-lhe os mais rudes e humilhantes trabalhos: separar grãos misturados; cortar a lã de carneiros selvagens; buscar um frasco com a água negra do rio Estige. Na primeira tarefa, Psiquê foi ajudada pelas formigas. Na segunda, os caniços da beira de um regato sugeriram-lhe que recolhesse os fios de lã deixados pelos carneiros nos arbustos espinhosos. E, na terceira, uma águia tirou-lhe o frasco da mão, voou até a nascente do Estinge e trouxe-lhe o líquido negro. Finalmente, Vênus incumbiu-a de ir aos Infernos para obter um pouco da beleza de Prosérpina. Uma torre descreveu-lhe o itinerário para o reino das sombras. Orientou-a também para pagar o óbolo ao barqueiro Caronte e abrandar a ferocidade d cão Cérbero, oferecendo-lhe um bolo.Bem sucedida na prova, Psiquê voltava com a caixa contendo a beleza, quando resolveu abri-la. Imediatamente foi tomada de um profundo sono. Eros, que a procurava, acordou-a, picando-a com a ponta de uma flecha. Em seguida, o deus do amor dirigiu-se ao Olimpo e pediu a Júpiter para esposar a mortal. Foi atendido, mas antes, era preciso que Psiquê recebesse o privilégio da imortalidade. O próprio Júpiter ofereceu ambrosia à jovem, tornando-a imortal. O casamento celebrou-se solenemente entre os deuses. Da união de Eros e Psiquê nasceu aVolúpia.”